Expostos a carga viral alta, em média 7 mil profissionais da saúde já foram infectados pela COVID-19 no Brasil. Telemedicina é fundamental para proteger médicos do vírus.

Na luta contra a COVID-19, milhares de profissionais da saúde de todo o mundo estão pagando um preço alto e contraindo o vírus. O número de médicos, enfermeiros e tantos outros da linha de frente mortos pela doença também está em constante ascensão.

Apesar do uso de roupas e máscaras protetoras, esses profissionais parecem ter uma tendência maior à infecção do que a maioria das pessoas. E, possivelmente, tenham mais chance de ficarem gravemente doentes.

De acordo com especialistas, parte da explicação para essa questão está na quantidade de vírus a que as equipes médicas são expostas.

Uma “carga viral” mais alta – como é conhecida a concentração do vírus — significa que a gravidade de qualquer doença é provavelmente maior e é mais provável que o paciente seja altamente contagioso.

Médicos e enfermeiros geralmente estão em contato próximo com pessoas altamente infectadas e portadoras de cargas altas de vírus em seus corpos, o que significa que estão constantemente expostos a uma grande quantidade de vírus.

Riscos da linha de frente

Ainda não é possível saber o quanto a exposição repetida ao vírus poderia afetar a saúde dos profissionais que estão na linha de frente do combate ao coronavírus.

No entanto, de acordo com reportagem da BBC, dados relacionados à epidemia de Sars ocorrida em 2002-2003 indicam que 21% dos infectados eram trabalhadores da saúde, segundo dados da OMS.

Padrões semelhantes surgiram entre aqueles que cuidam de pacientes com COVID-19.

Na Itália e na Espanha, milhares de profissionais de saúde testaram positivo para coronavírus.

De acordo com a Federação Nacional de Ordens Médicas da Itália, até o último dia 6 de abril, 94 médicos já morreram de COVID-19. Entre enfermeiros já há 6.594 infectados e 26 mortes, de acordo com dados da Federação Nacional das Ordens de Profissões de Enfermagem do país.

No Brasil, de acordo com dados levantados pela equipe de reportagem do Fantástico, até o dia 12 de abril, quase 7 mil profissionais, entre médicos, técnicos de enfermagem e enfermeiros, foram afastados do trabalho desde o começo da pandemia por apresentarem sintomas suspeitos.

Entre os que conseguiram fazer o teste, pelo menos 1.400 estavam infectados, e 18 deles morreram de doença.

Proteção por isolamento

Há anos no mercado, a Telemedicina vem lutando para entrar no mercado. Agora, muitas organizações fornecedoras estão procurando maneiras melhores de usar a tecnologia em todo o seu potencial.

No Brasil, com o objetivo de proteger médicos do novo coronavírus, o CFM liberou a utilização de modalidades de telemedicina específicas para a doença.
Esses serviços podem ser prestados, desde que com “infraestrutura tecnológica apropriada, pertinente e obedecer às normas técnicas do CFM pertinentes à guarda, manuseio, transmissão de dados, confidencialidade, privacidade e garantia do sigilo profissional”, afirma o CFM.

O Medcloud Live, ferramenta de telemedicina e teleconsultas da Medcloud, foi pensando justamente para ajudar médicos a se proteger e continuar trabalhando no enfrentamento à COVID-19 com toda a segurança necessária. Por isso, durante a pandemia, a ferramenta está sendo disponibilizada de forma 100% gratuita.

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