Pesquisadores da área da Psicologia descobriram que ultrassom de baixa intensidade pode ajudar no tratamento de doenças como Parkinson e depressão.

Pesquisadores da Universidade de Plymouth, no Reino Unido, descobriram que a ultrassonografia de baixa intensidade pode mudar os processos de tomada de decisão no cérebro. A descoberta foi publicada na Nature Neuroscience.

Foram utilizadas ondas ultra-sônicas de baixa intensidade no cérebro de macacos para alterar sua capacidade de lembrar certas informações.

As ondas foram capazes de atingir os neurônios no córtex cingulado do cérebro de cada macaco com “precisão exata”. Estudos anteriores mostraram que essa técnica não prejudica os macacos.

Potencial
A autora principal do estudo, Elsa F. Fouragnan, se mostrou empolgada com a descoberta no comunicado publicado.

“Primeiro, porque descobrimos que o córtex cingulado é crucial para ajudar a mudar para alternativas melhores e, segundo, porque o ultrassom de baixa intensidade pode ser usado para alterar reversivelmente a atividade cerebral em uma parte muito precisa do cérebro”, afirma.

Segundo a Fouragnan, a chamada de neuroestimulação de ultra-som, poderia “melhorar a vida de milhões de pacientes com problemas de saúde mental ao estimular tecidos cerebrais com precisão milimétrica”.

Para ela, técnicas com esse nível de precisão poderiam ajudar pessoas que sofrem de doenças como Parkinson ou Depressão. Tudo isso de forma muito mais precisa e menos invasiva do que neuromoduladores.

A próxima fase da pesquisa envolve testes com seres humanos.

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