A radiologista e pesquisadora Dra. Kathryn Darras aplicou o estudo de imagens radiológicas em aulas de anatomia de curso de medicina.
Na última segunda feira, dia 26 de novembro, foi apresentada no RSNA 2018, em Chicago, uma pesquisa sobre o valor da radiologia para os cursos de anatomia dentro de graduações de medicina.
A pesquisa foi realizada pela Dra. Kathryn Darras, radiologista da Universidade da Columbia Britânica que está cursando a Escola de Educação em Profissionais de Saúde na Universidade de Maastricht, na Holanda.
Dra. Darras estudou o valor de imagens radiológicas para graduandos de medicina, usando tecnologia de imagens 3D e tabelas de visualização de anatomias.
Seu objetivo era levar a radiologia a estudantes de forma descomplicada e que os conecte ao mundo clínico.
Como funciona
Até então, as aulas de anatomia costumam se concentrar na dissecação de cadáveres e observação de imagens 2D. O que Dra. Darras propôs é que as novas tecnologias sejam utilizadas para proporcionar aos estudantes contatos com casos e formas de abordagem difíceis em campo e que não teriam contato nos primeiros anos de graduação.
Com essas tecnologias, é possível que os alunos possam fazer dissecações virtuais. Além disso, as tabelas de visualização com imagens reais de pacientes podem funcionar como estações de PACS para que os estudantes manipulem os dados enquanto percorrem a dissecação.
As aulas com a dissecação virtual foram ofertadas para alunos do primeiro ano da graduação em medicina da Universidade de British Columbia, como forma complementar as dissecações de cadáveres. Além disso, também foi oferecido um curso avançado voluntário.
78,7 % dos alunos do primeiro ano que tiveram contato com o novo formato afirmou que a dissecação virtual melhorou a compreensão sobre as aplicações clínicas da anatomia. Já entre os alunos que se inscreveram no curso avançado, 94,2% concordou que as aulas melhoraram sua compreensão do papel do radiologista no atendimento ao paciente.
De acordo com Dra. Darras, o ensino dos alunos foi enriquecido porque eles conseguiram ter contato com casos que normalmente não teriam. Dessa forma, o nível de complexidade das aulas pode aumentar já no primeiro ano da graduação, sem prejudicar a formação dos futuros médicos.