Pesquisadores da Mayo Clinic divulgaram através do American Journal of Roentgenology um artigo que afirma seria melhor que crianças não utilizem o avental de chumbo durante as tomografias computadorizadas de tórax.

O teste da blindagem foi feito em um fantasma que simulava cabeça, tórax e pélvis de uma criança de 5 anos de idade. Foi descoberto que a redução na dose de radiação é quase insignificante, enquanto os riscos associados à artefatos, infecções e desconforto permanecem consideráveis para pacientes pediátricos.

A equipe da Mayo mediu a dose em pontos dentro e fora da faixa de varredura. Uma tomografia computadorizada foi realizada e um dosímetro foi usado para medir a dose de radiação em pontos dentro e fora da faixa de varredura.

O processo foi repetido, dessa vez utilizando um avental de chumbo. Foi colocado a 1, 5 e 10 cm da parte inferior da faixa de tomografia computadorizada, e as medidas foram repetidas. A dose média ponderada foi calculada para cada posição de medição.

Resultados
Mesmo que seja importante qualquer índice de redução possível nas taxas de radiação para o paciente, é comum que crianças removam ou mudem o avental de lugar, o que demanda repetição do exame.

Concluiu-se portanto que o uso do avental de chumbo em pacientes pediátricos durante tomografias computadorizadas fora do intervalo da varredura deve ser repensado. A pequena redução da dose de radiação nesses pacientes não deve justificar o risco de artefatos e infecções.

Os pesquisadores da Mayo recomendam então que os líderes e a equipe do centro de imagens formem políticas claras para garantir o uso seguro e adequado dos aventais de chumbo na TC pediátrica.

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