Para celebrar o Outubro Rosa, reunimos informações sobre a Mamografia, principal exame para diagnóstico do Câncer de Mama.

O Outubro Rosa é uma campanha que teve origem nos Estados Unidos na década de 1990 com objetivo de conscientizar e aproximar as pessoas do diagnóstico precoce e, por consequência, maiores chances de cura do Câncer de Mama.

No Brasil a data vem sendo comemorada pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) desde 2010. O principal exame para diagnosticar a doença é a mamografia.

Mamografia ou mastografia é um exame de imagem feito para estudar as mamas. Ele é realizado por meio de um aparelho de Raio X chamado Mamógrafo, e seu objetivo é identificar possíveis nódulos ou calcificações antes mesmo de serem palpáveis. Ou seja, possibilita o diagnóstico precoce do câncer de mama.

Existem dois tipos de Mamógrafo, o convencional e o digital. No convencional, ele funciona por um sistema analógico, as imagens captadas pelo Raio X são aplicadas em um filme que precisa ser processado após o exame para apresentar a imagem. Já sua forma digital, o Raio X é convertido em sinal elétrico que é transmitido para um computador.

A forma digital do exame apresenta vantagens pela facilidade de visualização da imagem, que pode ajudar no momento da análise. Existem também alguns softwares que auxiliam na detecção de possíveis lesões.

Como é feito o exame
Nas duas formas, o procedimento para o exame é o mesmo, realizado por um profissional de radiodiagnóstico. A paciente tira a roupa da cintura para cima e veste um tipo de avental. Ela fica em pé em frente ao mamógrafo e posiciona as mamas entre duas placas. Essas placas pressionam a mama e então é feita a imagem. O mesmo processo é repetido na outra mama.

O exame costuma ter duração média de 15 minutos e geralmente causa um desconforto nas mamas, mas a dor não deve persistir, por isso não há nenhuma indicação pós procedimento.

Não existem diferenças significativas tanto a sensibilidade para realizar, quanto ao diagnóstico entre a mamografia convencional e a digital.

Queda no número de mamografias no Brasil
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Mastologia em parceria com a Rede Brasileira de Pesquisa em Mastologia, caiu o número de mamografias feitas por mulheres entre 50 e 69 anos em 2017 no Brasil. O estudo diz respeito às mamografias feitas pela rede pública de saúde.

Eram esperadas 11,5 milhões de mamografias neste período, porém apenas 2,7 milhões foram realizadas. Esse número representa 24,1% dos exames esperados, quando o recomendado pela Organização Mundial da Saúde é pelo menos 70%.

A principal causa dessa queda no número de mamografias realizadas seria o difícil acesso em algumas regiões do país, a dificuldade de agendamento e sucateamento do sistema público de diagnósticos, de acordo com o coordenador da pesquisa.

Quem deve fazer
Médicos recomendam que mulheres a partir de 40 anos devem realizar uma mamografia a cada 1 ou 2 anos. Isso serve para aquelas que não apresentam sintomas ou não possuem histórico de câncer de mama na família, caso contrário, devem seguir orientação de seus médicos.

Mulheres de todas as idades devem realizar o autoexame de mamas e a qualquer sinal de alteração na aparência, tato, sensibilidade ou dor nas mamas, e/ou nódulos e inchaços nas axilas, é recomendado que procure um especialista.

O câncer de mama tem 90% de chances de sucesso no tratamento, caso tenha diagnóstico precoce, segundo dados do INCA.

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