Capaz de armazenar e disponibilizar informações clínicas em tempo real, o Prontuário Eletrônico é uma forma de melhorar a qualidade no atendimento e diagnóstico de pacientes em todo o país.

Por muitos anos o papel foi uma das principais ferramentas de trabalho de um consultório médico. Porém, gradativamente, o sistema de Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP) vem sendo adotado em clínicas e hospitais de todo o mundo. Nele, toda as informações sobre o paciente ficam reunidas digitalmente.

Além disso, a ferramenta é um grande ganho na segurança do diagnóstico de um paciente. Isso porque possui uma padronização eficiente, sem erros como ilegibilidade da letra do médico, além da integração de dados.

O uso de prontuário de papel, além de impossibilitar a constante disponibilidade aos documentos que o integram, ainda deixa todo o processo sujeito a riscos de avaria, extravio e quebra de sigilo.

Mas o grande problema dos prontuários de papel é que ele precisa ser refeito sempre que o paciente consulta um novo médico. Todo esse processo faz com que algumas informações importantes sobre seu histórico acabem omitidas, tornando o documento incompleto.

Integração de informações

O Prontuário Eletrônico do Paciente é um grande aliado da integração de informações sobre o paciente. Por ser interdisciplinar, contém histórico clínico do paciente, exames, diagnósticos e seus tratamentos.

Por isso, as clínicas e os pacientes são igualmente beneficiados. Ao mesmo tempo em que atendimento médico se torna mais preciso, com mais praticidade para o profissional, o paciente também evita repetir exames que já realizou em outro local.

Um bom exemplo da vantagem dessa integração são os tratamentos que envolvem uma equipe multidisciplinar. Nesses casos, profissionais dependem de informações sobre atividades realizadas anteriormente, como medicamentos tomados e prescrições feitas por plantonistas.

Promessa para a rede pública

O Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC), conhecido como prontuário eletrônico do SUS (Sistema Único de Saúde), tornou-se obrigatório nas Unidades Básicas de Saúde de todo o País em 2017.

Porém, é diferente do conceito real de um prontuário eletrônico, já que corresponde somente ao lançamento de dados dos atendimentos.

Na ferramenta do Ministério da Saúde, o médico não consegue, por exemplo, fazer a contrarreferência dos pacientes da atenção especializada, fazer a classificação de risco dos atendimentos, visualizar resultado de exames e procedimentos, entre outras funcionalidades.

A Prontuário Eletrônico Nacional Interligado é uma das promessas de campanha do atual Presidente, Jair Bolsonaro.

“O cadastro do paciente reduz custos e facilitará o atendimento futuro por outros médicos, em outros postos ou hospitais. Além de tornar possível cobrar desempenho dos gestores locais”, afirmou.

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