Pesquisadores australianos descobriram que a maioria dos pacientes se mostrou positiva quanto a tomografia computadorizada.

Em uma nova pesquisa divulgada pelo Journal of American College of Radiology, a maioria dos entrevistados afirmou ter uma visão positiva sobre tomografias computadorizadas. Esse resultado se mostrou positivo em todos os grupos demográficos.

Dra. Kimberly Lind, do Instituto Australiano de Inovação em Saúde, de Sydney, autora do estudo, afirma que é importante entender as variações que ocorrem entre os pacientes de diferentes grupos étnico-raciais e econômicos para alcançar equidade e qualidade no fornecimento de cuidados centrados no paciente.

“Nosso objetivo era preencher essa lacuna de conhecimento, realizando um estudo piloto para entender as barreiras, benefícios, conhecimento, confiança e expectativas em uma amostra diversificada de pacientes submetidos à TC”, afirma.

Descobertas
A pesquisa foi realizada com mais de 300 pacientes submetidos à TC ao longo de um ano – maio de 2016 até março de 2017 – em um hospital acadêmico de grande porte.

Dentre eles, cerca de 97% responderam que concordaram ou concordaram fortemente com o motivo de precisarem realizar as tomografias.

Além disso, 98% deles também concordaram ou concordaram fortemente que esperavam que seus médicos os comunicassem das descobertas e que previam que quem realizaria o exame seria educado ou gentil.

“Este estudo pesquisou uma amostra diversificada de pacientes submetidos a exames de tomografia computadorizada de pacientes ambulatoriais e descobriu que os pacientes tinham níveis elevados de confiança, conhecimento, expectativas positivas e benefícios da imagem por TC”, escreveram os autores.

Pacientes ansiosos
“As barreiras percebidas foram relatadas em taxas relativamente baixas, mas essas respostas identificaram áreas em que podemos melhorar as experiências dos pacientes”, escreveram os autores.

Apenas 17% dos entrevistados indicaram medo de fazer o exame porque algo poderia estar errado. 14% disseram estar preocupados com a exposição à “radiação desnecessária”.

“Ter medo de fazer a tomografia computadorizada porque eles podem descobrir que algo estava errado foi a barreira mais comum; isso destaca uma oportunidade de explicar melhor aos pacientes os benefícios de um diagnóstico oportuno”.

O estudo também concluiu que a raça ou fatores socioeconômicos não tiveram relevância significativa nos resultados das respostas dos pacientes.

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