A necessidade de consultas à distância de pacientes da COVID-19 tem feito muitos profissionais de saúde adotarem o modelo da telemedicina.

Nas linhas de frente do coronavírus, médicos especialistas estão usando mecanismos digitais para se comunicar com os pacientes e rastrear a propagação da doença.

O MassChallenge sediou uma cúpula sobre inovação na era da crise do novo coronavírus nos Estados Unidos, que incluiu um painel sobre como a tecnologia pode desempenhar um papel no atendimento direto ao paciente.

De acordo com Meg Barron, vice-presidente de Estratégia Digital de Saúde da Associação Médica Americana, a adoção da Telemedicina está tendo um momento crucial e está possibilitando a segurança de pacientes e profissionais da saúde da linha de frente.

Ela observou que os sistemas de saúde em todo os EUA estão relatando um rápido aumento na adoção e mencionou que as chamadas de telessaúde da Cleveland Clinic, por exemplo, tiveram um aumento de 15 vezes na última semana.

John Brownstein, diretor de inovação do Hospital Infantil de Boston, afirmou que está fazendo mais teleconsultas em um dia do que fez o ano passado inteiro.

“Não nos vemos voltando ao modo como as coisas eram. Acho que abrimos os olhos dos médicos, abrimos os olhos dos administradores, os pacientes estão reconhecendo o valor. Esse tipo de práticas digitais se tornam essenciais para a prática da medicina daqui para frente”.

Vencendo a resitência

Há anos no mercado, a Telemedicina vem lutando para entrar no mercado. Agora, muitas organizações fornecedoras estão procurando maneiras melhores de usar a tecnologia em todo o seu potencial.

Tratar pacientes com coronavírus não é a única maneira que os provedores estão recorrendo a essa tecnologia. Com pessoas em todo o país isoladas e em quarentena, também se tornou uma maneira de os pacientes se conectarem com seu médico sobre saúde mental.

Embora a telemedicina possa ter um aumento na adoção, a crise do coronavírus impulsionou empresas de tecnologia a fazerem ajustes rápidos e necessários.

“Por um lado, há um trabalho incrível e dinâmico, que estamos vendo de empresas que foram capazes de adaptar seu produto e serem incrivelmente rápidos e ágeis, e capazes de oferecê-lo gratuitamente aos sistemas de saúde. Então agora é um ótimo momento para começar a trabalhar com o ecossistema digital de saúde “, disse Brownstein.

Realidade brasileira

Devido a pandemia da COVID-19, o CFM liberou a utilização de modalidades de telemedicina específicas para a doença.

De acordo com a entidade, a autorização tem por objetivo proteger tanto a saúde dos médicos como a dos pacientes. Sendo assim, o atendimento médico à distância poderá ser exercidas de três formas diferentes durante a pandemia:

Teleorientação: para que profissionais da medicina realizem à distância a orientação e o encaminhamento de pacientes em isolamento.

Telemonitoramento: ato realizado sob orientação e supervisão médica para monitoramento ou vigência à distância de parâmetros de saúde e/ou doença.

Teleinterconsulta: exclusivamente para troca de informações e opiniões entre médicos, para auxílio diagnóstico ou terapêutico.

Esses serviços podem ser prestados, desde que com “infraestrutura tecnológica apropriada, pertinente e obedecer às normas técnicas do CFM pertinentes à guarda, manuseio, transmissão de dados, confidencialidade, privacidade e garantia do sigilo profissional”, afirma o CFM.

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