O Abril Azul, mês da conscientização do Autismo, luta contra o capacitismo e pela visibilidade do TEA.

O dia 2 de Abril foi escolhido pela ONU em 2008 para ser o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. A partir disso, o mês de abril passou a ser conhecido como Abril Azul e ganhou campanhas pela visibilidade do Autismo.

O TEA (Transtorno do Espectro Autista) é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e na interação social, padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados, podendo apresentar um repertório restrito de interesses e atividades.

Atualmente, o termo TEA é utilizado justamente pelo fato de que o autismo se manifesta de forma diferente em cada pessoa, as colocando em diferentes pontos do espectro.

Existem diversos graus de comprometimento que podem afetar uma pessoa no TEA, desde outras condições associadas ou deficiências intelectuais, até pessoas com total independência que muitas vezes passarão a vida sem um diagnóstico.

Normalmente, os primeiros sinais de alerta são percebidos já nos primeiros anos – ou até meses – de vida e se apresentam como comportamentos atípicos no deurodesenvolvimento da criança. Nesse caso, a intervenção precoce e tratamento com a estimulação necessária faz toda a diferença para o desenvolvimento e independência do indivíduo.

Contra o capacitismo

Além da luta pela inclusão, qualidade de vida e acesso a tratamentos para as pessoas no TEA, o Abril Azul tem como pauta o combate ao capacitismo (que pode ser definido como “preconceito ou discriminação por parte de alguém que duvide de, ou desmereça, a capacidade de pessoas em razão da sua deficiência”).

Pelo fato de que as características ou sintomas do autismo não serem sempre as mesmas em todas as pessoas autistas, pessoas em todos os “graus de suporte” podem enfrentar preconceitos e dificuldades de acessar locais e até mesmo o próprio diagnóstico.

Devido ao capacitismo, somado ao despreparo de alguns profissionais da saúde, muitas pessoas com o chamado “grau leve de autismo” têm dificuldade em receber um diagnóstico por conta de estigmas e mitos envolvendo o TEA.

Além disso, casos como acesso impedido a trabalho, escolas regulares e diversos outros ambientes são considerados crime.

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