Especialistas estão repensando a padronização e limitação na linguagem dos laudos radiológicos.

Como resultado de esforços para agregar valor a seus atendimentos, radiologistas do mundo todo tem padronizado a linguagem utilizada em relatórios de imagem. Porém, de acordo com uma análise feita pelo Radiology Business, os responsáveis por essa padronização podem estar repensando essa decisão.

Especialistas na área de radiologia, Dr. Benjamin R. Gray e Dr. Richard B. Gunderman, ambos da Escola de Medicina da Faculdade de Indiana, nos EUA, afirmam que é necessário pensar a padronização como forma de controle.

De acordo com eles, o esforço para que haja um padrão é louvável mas restrições na fala e na escrita podem ser prejudiciais uma vez que podem ser interpretados como restrições também de pensamento.

Como a padronização afeta a radiologia

Para os Drs. Gray e Gunderman, limitar linguagem na radiologia teria um impacto negativo na criatividade dos médicos. Isso porque, segundo eles, a medicina é muito mais que lógica e aritmética.

O impacto negativo seria na redução na identificação e compartilhamento novos insights do médico radiologista com o paciente.

Mesmo assim, os esforços para padronizar a linguagem têm seu lado positivo e não são vistos como maléficos. Em muitos casos, o lado negativo nem é visto por quem os impõe, segundo os especialistas.

Eles concluem que a divergência ocorre por visões geradas por áreas de conhecimento distintas. Profissionais de formação em matemática, ciência da computação ou análise de dados tendem por uma padronização maior.

Enquanto isso, os profissionais da medicina devem ter em mente o bem estar do paciente e buscar um equilíbrio frente às padronizações.

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