Os serviços de home-care tem sido fundamentais para o tratamento e monitoramento da COVID-19 em todo o mundo, garantindo o isolamento de pacientes e a capacidade de funcionamento de hospitais.

A Northwell Health, empresa de Nova Iorque com mais de 23 hospitais, lançou uma iniciativa de atendimento domiciliar para pessoas infectadas com COVID-19, para que possam ser tratadas de maneira eficaz sem precisar sair de casa.

Juntos, o programa COVID Ambulatory Resource Support (CARES) e o programa de Navegadores Ambulatoriais Relacionados a Coronavírus (CROWN) são projetados para pacientes com sintomas que variam de moderado a grave e oferecem uma maneira de tratar as pessoas no ambiente de menor risco possível enquanto também protegendo a capacidade hospitalar se ocorrer um segundo surto de casos com COVID-19.

“O que vimos no aumento da COVID foi que 80 a 90% das pessoas que estavam doentes com o vírus nunca foram a um hospital”, diz Dr. Thomas McGinn, vice-presidente sênior da Northwell e vice-médico-chefe, que ajudou a criar CARES.

“Isso incluiu pacientes do COVID que realmente exigiam um nível mais alto de atendimento, mas estavam com muito medo de ir. Criamos nossos programas de atendimento domiciliar COVID para garantir que todos os pacientes obtenham o apoio de que precisam”.

Tipos de atendimento domicilar

Como os programas são projetados para fornecer atendimento a qualquer pessoa com COVID-19 que não precise de tratamento intensivo, eles incluem uma ampla variedade de serviços.

Por exemplo, se alguém está doente, mas carece de apoio em casa, a CARES convoca gerentes de assistência para garantir acompanhamento adequado.

Já para alguém que está doente o suficiente para exigir um tratamento substancial e conhecimento especializado de um médico, a CARES oferece orientação passo a passo aos médicos da atenção primária ao tratamento, incluindo quando agendar uma consulta de telessaúde, quando é necessária uma visita pessoal e quando paciente precisa de hospitalização, entre outras coisas.

Para pacientes gravemente enfermos que apresentam características de alto risco, como falta de ar persistente ou febre, possivelmente com uma condição de saúde subjacente, o programa CROWN fornece um nível de atendimento próximo ao hospital.

Desenvolvido pela pneumologista Dra. Northita Gita Lisker, o programa CROWN pode enviar rapidamente uma enfermeira, um técnico para coletar sangue para testes específicos de COVID, um oxímetro de pulso para rastrear o nível sanguíneo de oxigênio e um tanque de oxigênio suplementar, tudo geralmente no mesmo dia em que o paciente está inscrito no programa.

Outros serviços também estão disponíveis, como entrega em domicílio de medicamentos anticoagulantes, se o risco de coágulos sanguíneos for alto, colocação de uma linha intravenosa ou um exame de raio-X feito com uma máquina portátil.

O CROWN também está disponível para fornecer atendimento domiciliar a pacientes com COVID-19 que receberam alta do hospital, mas precisam de tratamento adicional.

Exames de imagem por home-care

No Brasil, os serviços de home-care, principalmente nas grandes capitais, já funcionam prestando a mesma forma de atendimento da CARES e CROWN, contando inclusive com a realização de exames de diagnóstico por imagem.

Tudo isso, graças a tecnologia 100% em nuvem da Medcloud que possibilita que os radiologistas operem de casa ou de uma central diagnóstica em contato com os técnicos e operadores de campo que vão até a casa dos pacientes.

Além disso, a entrega dos resultados dos exames é feita pelo aplicativo Medcloud, ou pelo portal web anexado ao site das clínicas, para que o serviço não tenha que retornar para entregar o resultado em mãos ou até mesmo para que não seja enviado por um meio não profissional e seguro como email ou aplicativo de mensagens.

“Durante o surto, muitos hospitais estavam prestes a ficar completamente sobrecarregados, mas a ironia é que, com o planejamento certo, muito do que os pacientes com COVID-19 precisam pode ser feito em casa”, afirma Dra. Lisker.

“Os serviços de home-care podem fornecer aos pacientes o mais alto nível de atendimento, protegendo a capacidade dos hospitais de funcionar. É uma vitória para o paciente e uma vitória para o sistema de saúde”, conclui.

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